Pactua o Projeto de Capacitação em Pré-Natal de Risco Habitual da Região Noroeste, descrito no Anexo desta Deliberação.
PUBLICADA NO D.O. DE 20 DE SETEMBRO DE 2017
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE
ATO PRESIDENTE
DELIBERAÇÃO CIB-RJ Nº 4.643 DE 10 DE AGOSTO DE 2017.
PACTUA O PROJETO DE CAPACITAÇÃO EM PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL DA REGIÃO NOROESTE.
O Presidente da Comissão Intergestores Bipartite, no uso de suas atribuições legais e;
CONSIDERANDO:
- os artigos 30 e 32, do Decreto n° 7.508, de 28 de junho de 2011, que regula a Lei n º 8080, de 19 de setembro de 1990 que dispõe sobre a organização do Sistema único de Saúde (SUS), o planejamento da saúde, à assistência da saúde e a articulação interfederativa e a Deliberação CIB-RJ n° 648 de 05 de maio de 2009;
- a Portaria GMMS nº 2.953, de 25 de novembro de 2009, que define recursos financeiros do Ministério da Saúde para a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, e dá outras providências;
- a CIR NO nº 36 de 16 de dezembro de 2014 que Pactua a Alteração do Projeto de Estratégia de Qualificação e Fortalecimento da Atenção Básica;
- a 4° Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Regional Noroeste realizada em 25 de maio de 2017, que ocorreu em Cardoso Moreira/RJ;
- a Deliberação CIR NO n° 11 de 25 de maio de 2015, que pactua o projeto de capacitação em Pré-Natal de Risco Habitual da Região Noroeste;
- a 7ª Reunião Ordinária da CIB-RJ realizada em 10 de Agosto de 2017.
DELIBERA:
Art.1º Pactua o Projeto de Capacitação em Pré-Natal de Risco Habitual da Região Noroeste, descrito no Anexo desta Deliberação.
Art. 2º- Esta Deliberação entrará em vigor a partir da data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.
PROJETO DE QUALIFICAÇÃO E FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA NO ACOLHIMENTO E HUMANIZAÇÃO COM ÊNFASE NO PRÉ-NATAL
CAPACITAÇÃO EM ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL PARA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMISSÃO PERMANENTE DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO DA REGIÃO NOROESTE/RJ. |
Maio, 2017
INTRODUÇÃO
O Ministério da Saúde, através da Portaria 4.279 de 30/12/2010, instituiu a lógica de Redes de Atenção à Saúde como estratégia prioritária, para responder as necessidades de mudanças no modelo de atenção à saúde no SUS.
A Rede Cegonha foi lançada em março de 2001, e instituída pela portaria MS/GM nº 1.459/2011, que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada a gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis.
Em maio de 2009 iniciou a discussão sobre a Rede Materno Infantil na Comissão Intergestores Regional da Região Noroeste – CIR – Noroeste. Em 16 de agosto de 2013 iniciou o Grupo de Trabalho da Rede Cegonha para a construção do Plano da Rede Cegonha da Região Noroeste.
Seguindo as diretrizes da Portaria e o Plano Regional da Rede Cegonha – Noroeste, nasce este projeto com o objetivo de enfrentamento das dificuldades encontradas em nossa região, tais como: pré-natal centralizado, profissionais não capacitados relacionadas às práticas do pré-natal, além da dificuldade de locomoção dos
profissionais para outra região, para realizarem treinamento. Com isso, torna-se necessário capacitação regional para o desempenho de uma prática segura no Pré-Natal de Risco Habitual no ambiente de trabalho.
A fim de efetivar as ações contamos com a parceria do Programa Nacional de Telessaúde Brasil-Redes da UERJ, apoio da Superintendência de Educação em Saúde e da Superintendência de Atenção Básica da SES para o Projeto de Capacitação de Médicos e Enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família em Atenção Pré-natal de Risco Habitual.
De setembro a dezembro de 2016 foi realizada a primeira Capacitação em Atenção ao Pré-Natal de Risco Habitual para a Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Foi ofertado um total de 60 vagas, para médicos e enfermeiros da ESF e enfermeiros da EACS (Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde), contemplando todos os municípios e certificados 36. A capacitação foi desenvolvida com tutores e facilitadores da região, e em serviço, o que veio facilitar a capacitação. Para a realização do curso contou com a parceria do COSEMS com interface com o GC Rede Cegonha Noroeste e GT AB.
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
· Capacitar médicos e enfermeiros da ESF e enfermeiros da EACS da Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro para atuarem na Atenção ao Pré-natal de Risco Habitual, de acordo com as diretrizes da Rede Cegonha.
Objetivos Específicos:
• Capacitar médicos e enfermeiros na assistência ao pré-natal, com foco no pré-natal de risco habitual.
• Promover a prática semipresencial para otimizar a qualificação profissional.
• Integrar o ensino e o serviço, através da Telessaúde, para a melhoria da qualificação profissional, por conseguinte, o atendimento à população.
• Capacitar profissionais a identificarem, precocemente, os desvios da normalidade do processo gestacional e risco gestacional para encaminhamento oportuno para serviço de atendimento adequado.
• Qualificar a assistência Pré-Natal na Atenção Básica, com a finalidade de diminuir os agravos evitáveis (sífilis neonatal e mortalidade materna) e melhorar os indicadores materno-infantis na Região Noroeste do Estado do RJ.
JUSTICATIVA
A partir dos dados coletados por meio de levantamento do Projeto de Adesão da Rede Cegonha da região Noroeste do estado do Rio de Janeiro, citamos abaixo alguns indicadores de atenção e os indicadores de mortalidade e morbidade onde se observam a fragilidade e a necessidade de organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade na atenção à saúde da referida população.
Proporção de recém-nascidos com baixo peso ao nascer – faixas < 750g, 750 a 1499g e 1500 a 2499g – 2010 a 2012 – REGIÃO NOROESTE
Peso |
< 750g |
750 a 1499g |
1500 a 2499g |
|||||||||
Ano |
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
Região Noroeste |
0,46 |
0,52 |
0,15 |
0,13 |
0,85 |
0,77 |
0,99 |
1,24 |
6,56 |
5,57 |
5,94 |
6,66 |
Estado |
0,39 |
0,39 |
0,38 |
0,37 |
1,15 |
1,14 |
1,19 |
1,16 |
7,60 |
7,58 |
7,56 |
7,46 |
Proporção de gestantes cadastradas no SISPRENATAL em relação aos nascidos vivos, por residência da mãe no mesmo período de 2009 a 2012 - REGIÃO NOROESTE.
Município |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
||||||||
Cad. SIS |
SINASC |
% cober |
Cad. SIS |
SINASC |
% cober |
Cad. SIS |
SINASC |
% cober |
Cad. SIS |
SINASC |
% cober |
|
APERIBE |
111 |
91 |
121,98 |
105 |
116 |
90,52 |
55 |
122 |
45,08 |
35 |
123 |
28,46 |
BOM JESUS DO ITABAPOANA |
402 |
506 |
79,45 |
431 |
507 |
85,01 |
379 |
467 |
81,16 |
364 |
406 |
89,66 |
CAMBUCI |
96 |
157 |
61,15 |
108 |
142 |
76,06 |
137 |
134 |
102,24 |
134 |
159 |
84,28 |
CARDOSO MOREIRA |
71 |
127 |
55,91 |
96 |
142 |
67,61 |
75 |
129 |
58,14 |
73 |
114 |
64,04 |
ITALVA |
107 |
158 |
67,72 |
69 |
161 |
42,86 |
34 |
166 |
20,48 |
57 |
153 |
37,25 |
ITAOCARA |
103 |
264 |
39,02 |
111 |
270 |
41,11 |
144 |
250 |
57,60 |
94 |
245 |
38,37 |
ITAPERUNA |
842 |
1.142 |
73,73 |
571 |
1.169 |
48,85 |
799 |
1.170 |
68,29 |
742 |
1.224 |
60,62 |
LAJE DO MURIAE |
43 |
81 |
53,09 |
110 |
76 |
144,74 |
93 |
89 |
104,49 |
96 |
94 |
102,13 |
MIRACEMA |
357 |
376 |
94,95 |
302 |
370 |
81,62 |
265 |
379 |
69,92 |
103 |
369 |
27,91 |
NATIVIDADE |
195 |
210 |
92,86 |
169 |
190 |
88,95 |
169 |
161 |
104,97 |
150 |
183 |
81,97 |
PORCIUNCULA |
195 |
203 |
96,06 |
223 |
267 |
83,52 |
196 |
255 |
76,86 |
107 |
218 |
49,08 |
SANTO ANTONIO DE PADUA |
92 |
452 |
20,35 |
274 |
465 |
58,92 |
223 |
444 |
50,23 |
189 |
468 |
40,38 |
SAO JOSE DE UBA |
96 |
103 |
93,20 |
57 |
103 |
55,34 |
91 |
96 |
94,79 |
60 |
104 |
57,69 |
VARRE-SAI |
86 |
167 |
51,50 |
128 |
135 |
94,81 |
102 |
160 |
63,75 |
156 |
153 |
101,96 |
Proporção de gestantes cadastradas no SISPRENTAL com até 20 semanas e com realização de exames básicos do 1º trimestre da gestação – 2009-2012 - REGIÃO NOROESTE
Município |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
||||||||
Cad. SIS |
Exames 1º trim |
% Exames 1º trim |
Cad. SIS |
Exames 1º trim |
% Exames 1º trim |
Cad. SIS |
Exames 1º trim |
% Exames 1º trim |
Cad. SIS |
Exames 1º trim |
% Exames 1º trim |
|
APERIBE |
111 |
15 |
13,51 |
105 |
8 |
7,62 |
55 |
10 |
18,18 |
35 |
8 |
22,86 |
BOM JESUS DO ITABAPOANA |
402 |
222 |
55,22 |
431 |
113 |
26,22 |
379 |
124 |
32,72 |
364 |
119 |
32,69 |
CAMBUCI |
96 |
33 |
34,38 |
108 |
39 |
36,11 |
137 |
12 |
8,76 |
134 |
1 |
0,75 |
CARDOSO MOREIRA |
71 |
0 |
0,00 |
96 |
12 |
12,50 |
75 |
13 |
17,33 |
73 |
9 |
12,33 |
ITALVA |
107 |
25 |
23,36 |
69 |
18 |
26,09 |
34 |
17 |
50,00 |
57 |
14 |
24,56 |
ITAOCARA |
103 |
27 |
26,21 |
111 |
33 |
29,73 |
144 |
28 |
19,44 |
94 |
22 |
23,40 |
ITAPERUNA |
842 |
197 |
23,40 |
571 |
79 |
13,84 |
799 |
106 |
13,27 |
742 |
107 |
14,42 |
LAJE DO MURIAE |
43 |
7 |
16,28 |
110 |
0 |
0,00 |
93 |
5 |
5,38 |
96 |
19 |
19,79 |
MIRACEMA |
357 |
169 |
47,34 |
302 |
86 |
28,48 |
265 |
116 |
43,77 |
103 |
32 |
31,07 |
NATIVIDADE |
195 |
16 |
8,21 |
169 |
34 |
20,12 |
169 |
27 |
15,98 |
150 |
10 |
6,67 |
PORCIUNCULA |
195 |
59 |
30,26 |
223 |
53 |
23,77 |
196 |
22 |
11,22 |
107 |
8 |
7,48 |
SANTO ANTONIO DE PADUA |
92 |
0 |
0,00 |
274 |
12 |
4,38 |
223 |
41 |
18,39 |
189 |
43 |
22,75 |
SAO JOSE DE UBA |
96 |
15 |
15,63 |
57 |
16 |
28,07 |
91 |
26 |
28,57 |
60 |
34 |
56,67 |
VARRE-SAI |
86 |
33 |
38,37 |
128 |
53 |
41,41 |
102 |
31 |
30,39 |
156 |
61 |
39,10 |
Percentual de partos cesáreos em relação ao total de partos hospitalares, ocorridos em nascidos vivos na Região Noroeste, segundo região/município de residência da mãe - Período 2008 a 2012
Período: 2008-2012 |
2008 |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
||||||||||
Região/ Município |
Cesáreos |
Total parto |
% |
Cesáreos |
Total parto |
% |
Cesáreos |
Total parto |
% |
Cesáreos |
Total parto |
% |
Cesáreos |
Total parto |
% |
Noroeste |
3268 |
4062 |
80,45 |
3303 |
4037 |
81,81 |
3419 |
4113 |
83,12 |
3261 |
4022 |
81,07 |
3411 |
4013 |
84,99 |
Aperibé |
102 |
110 |
92,73 |
85 |
91 |
93,41 |
112 |
116 |
96,55 |
114 |
122 |
93,44 |
117 |
123 |
95,12 |
Bom Jesus do Itabapoana |
400 |
502 |
79,68 |
403 |
506 |
79,64 |
376 |
507 |
74,16 |
381 |
467 |
81,58 |
342 |
406 |
84,24 |
Cambuci |
121 |
153 |
79,08 |
138 |
157 |
87,90 |
127 |
142 |
89,44 |
111 |
134 |
82,84 |
143 |
159 |
89,94 |
Cardoso Moreira |
112 |
146 |
76,71 |
101 |
127 |
79,53 |
128 |
142 |
90,14 |
95 |
129 |
73,64 |
87 |
114 |
76,32 |
Italva |
134 |
151 |
88,74 |
138 |
158 |
87,34 |
149 |
161 |
92,55 |
155 |
166 |
93,37 |
140 |
153 |
91,50 |
Itaocara |
278 |
289 |
96,19 |
246 |
264 |
93,18 |
256 |
270 |
94,81 |
240 |
250 |
96,00 |
235 |
245 |
95,92 |
Itaperuna |
890 |
1.107 |
80,40 |
951 |
1.142 |
83,27 |
981 |
1.169 |
83,92 |
883 |
1.170 |
75,47 |
1.010 |
1.224 |
82,52 |
Laje do Muriaé |
69 |
87 |
79,31 |
56 |
81 |
69,14 |
63 |
76 |
82,89 |
73 |
89 |
82,02 |
78 |
94 |
82,98 |
Miracema |
288 |
396 |
72,73 |
262 |
376 |
69,68 |
251 |
370 |
67,84 |
278 |
379 |
73,35 |
272 |
369 |
73,71 |
Natividade |
116 |
162 |
71,60 |
152 |
210 |
72,38 |
146 |
190 |
76,84 |
105 |
161 |
65,22 |
136 |
183 |
74,32 |
Porciúncula |
160 |
223 |
71,75 |
140 |
203 |
68,97 |
206 |
267 |
77,15 |
205 |
255 |
80,39 |
190 |
218 |
87,16 |
Sto Antônio de Pádua |
376 |
480 |
78,33 |
389 |
452 |
86,06 |
407 |
465 |
87,53 |
394 |
444 |
88,74 |
427 |
468 |
91,24 |
São José de Ubá |
79 |
81 |
97,53 |
101 |
103 |
98,06 |
102 |
103 |
99,03 |
94 |
96 |
97,92 |
102 |
104 |
98,08 |
Varre-Sai |
143 |
175 |
81,71 |
141 |
167 |
84,43 |
115 |
135 |
85,19 |
133 |
160 |
83,13 |
132 |
153 |
86,27 |
Projeto de Adesão da Rede Cegonha da Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – outubro de 2014
A proporção de recém-nascidos com baixo peso ao nascer, proporção de gestantes cadastradas no SISPRENATAL com até 20 semanas e com realização de exames do 1° trimestre da gestação, percentual de partos cesáreos em relação ao total de partos hospitalares e os óbitos em mulheres em idade fértil que em sua maioria estão diretamente ligados à assistência ao pré-natal, mostram a necessidade de buscar sustentação para descentralizar o pré-natal e para tal é necessário capacitar médicos e enfermeiros da ESF e enfermeiros da EACS para que as ações tenham respaldo cientifico.
O pré-natal bem realizado na Atenção Básica não apenas reduz complicações durante a gestação, mas também facilita a atuação dos especialistas na sala de parto, diminuindo os riscos iminentes do parto, além do acompanhamento da saúde no pré-natal. O pré-natal é um procedimento totalmente possível de ser bem realizado por médicos e enfermeiros.
CONTRIBUIÇÕES
A capacitação dos profissionais Médicos e Enfermeiros da ESF/EACS em Atenção Pré-natal de Risco Habitual é essencial para a consolidação da Rede Cegonha como estratégia para a assistência de qualidade ao pré-natal e parto e nascimento e redução das altas taxas de morbi-mortalidade materna e perinatal.
Espera-se que esta proposta de Capacitação em Atenção ao Pré-Natal de Risco Habitual sistematize o atendimento das gestantes com vistas a uma gravidez bem acompanhada pela equipe de saúde, menos tempo de espera para executar os exames das gestantes, maior adesão das mesmas ao início do pré-natal no momento certo.
PÚBLICO-ALVO
Médicos e Enfermeiros que atuam na ESF e Enfermeiros que atuam na EACS na Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.
METODOLOGIA
A capacitação será realizada nos municípios que serão Polos de Referência para parto de Risco Habitual, descrito no Projeto de Adesão da Rede Cegonha da Região Noroeste, com a supervisão de tutores locais selecionados, respeitando-se os critérios estabelecidos pela SES-RJ em parceria com o Grupo Condutor Regional da Rede Cegonha, CIES e CIR Noroeste, conforme descrito a seguir:
1 – Critério para seleção do Coordenação da Capacitação:
• A Coordenação Colegiada da Capacitação Será formada pelos Representantes Regionais da CIR, Rede Cegonha, CIES, Atenção Básica e COSEMS/RJ e estes indicarão um coordenador geral para acompanhamento de todo o processo da capacitação, fazendo contato com os municípios caso haja necessidade buscando apoio para os alunos como, por exemplo, liberação para participação e carro para deslocamento.
• Ao final de cada turma, a Coordenação Colegiada da Capacitação promoverá encontro de avaliação onde os tutores e facilitadores farão uma avaliação qualitativa e quantitativa do processo ensino-aprendizagem.
2 - Critério para seleção do Tutor:
Tutor médico e enfermeiro e facilitadores:
Serão mantidos os Tutores já selecionados e capacitados durante o PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO DE TUTORES SEMI-PRESENCIAIS PARA A CAPACITAÇÃO DE MÉDICOS E ENFERMEIROS EM ATENÇÃO PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL PARA AS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ocorrida em 2016.
3 - Critério para seleção de Alunos:
• Ser médico ou enfermeiro da ESF e /ou enfermeiro do EACS.
• Ser da ESF da Região Noroeste e indicado pela gestão dos municípios-alvo desse projeto.
• Ter liberação do Gestor municipal para participar do curso.
4 – Atualização dos Tutores e Facilitadores:
• Será realizado, com apoio da Superintendência de Educação em Saúde, uma Oficina de Atualização na metodologia para os tutores e facilitadores, já que serão os mesmos da capacitação estadual, conforme mencionaram acima.
• Estima-se que cada Tutor será responsável por cerca 20 alunos por turma, com formação de 120 alunos (profissionais médicos e/ou enfermeiros) – durante 6 meses.
• Para a realização da capacitação serão necessários:
- Tutores (média de 20 alunos por turma): 03 tutores (03 turmas em 3 meses totalizando 06 turmas em 06 meses.
- Facilitadores (média de 2 supervisores para 3 tutores); 02 facilitadores (3 turmas em 3 meses totalizando 6 turmas em 6 meses.
- Equipe da Superintendência de Atenção Básica, da Educação em Saúde da SES/RJ e do Laboratório de Telessaúde.
- Coordenador Geral da Capacitação
- Material a ser reproduzido: impressão do Caderno de Atenção Básica nº 32 Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco e Manual Teste Rápido: 166 cópias de cada.
5 – Capacitação Teórica e Prática
• A parte teórica será realizada à distância, com cinco momentos presenciais ao longo desse processo e dividida por módulos. Ao longo dos módulos o aluno será submetido a uma avaliação quantitativa.
• Cada turma terá em média 20 alunos com tempo máximo de conclusão de 3 meses.
• A atividade prática será de preferência no local de trabalho do tutor sob supervisão direta deste.
• Para a conclusão da capacitação os alunos terão que obter 70 ou mais pontos e que tiverem ido a, pelo menos, três encontros presenciais e a, pelo menos, três turnos de prática com gestantes. A certificação da capacitação será feita pelo Telessaúde/UERJ, SES/RJ, CIR/CIES Noroeste, em parceria com o COSEMS/RJ.
6 – Capacitação em serviço:
• Os alunos serão capacitados em serviço sob a supervisão do tutor. Cada tutor deverá ficar responsável por 20 alunos.
• Os tutores devem promover a capacitação em serviço com uma carga horária de 20 horas distribuídas em 5 turnos de 4 horas.
• Espera-se que o aluno, durante o treinamento da parte prática, realize cerca de 15 consultas com gestantes.
ATRIBUIÇÕES REFERENTES ÀS ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DA CAPACITAÇÃO.
ITEM |
RESPONSÁVEL |
Aprovação do Projeto na CIB |
CIR |
Início das 4 primeiras turmas |
TUTORES |
Monitoramento e supervisão de desenvolvimento dos alunos com geração de relatórios |
FACILITADORES |
Avaliação qualitativa e quantitativa do processo ensino-aprendizagem das primeiras turmas |
TUTORES |
Início das demais 4 turmas |
TUTORES |
Monitoramento e supervisão de desenvolvimento dos alunos com geração de relatórios. |
FACILITADORES |
Avaliação qualitativa e quantitativa do processo ensino-aprendizagem das demais 4 turmas |
TUTORES |
Avaliação geral |
COLEGIADA COLEGIADA |
Atividades de encerramento e avaliação: Fórum de Boas Práticas na assistência pré-natal de risco habitual. Apresentação de mudanças nos processos de trabalho, condutas exitosas, plano de descentralização do Pré-natal.
CRITERIOS DE PONTUAÇÃO DOS ALUNOS VIDEOAULAS - CAPACITAÇÃO PRÉ-NATAL
Itens |
||
Atividades no módulo à distância (80 pontos) |
||
Atividade |
Pontuação |
Observação |
Vídeo-aulas |
Assistiu entre 26 e 28: 30 pontos Assistiu entre 24 e 25 aulas 20 pontos Assistiu entre 15 e 23 aulas 10 pontos Assistiu menos de 15 aulas 0 ponto |
|
Teleconsultoria |
Solicitou 1 teleconsultoria 3 pontos Solicitou 2 teleconsultorias 6 pontos Solicitou 3 teleconsultorias 10 pontos |
|
Prova |
40 pontos |
|
Participação nos encontros presenciais (40 pontos) |
||
Para cada Encontro |
10 pontos |
Só será certificado o aluno que comparecer a, pelo menos, três encontros presenciais. |
Prática com gestantes (20 pontos) |
||
Cada turno |
5 pontos |
Só será certificado o aluno que comparecer a, no mínimo, três turnos de prática |
A Capacitação virtual será implementada na plataforma colaborativa do Laboratório de Telessaúde da UERJ disponível em www.telessaude.uerj.br
- RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS:
1. Corpo Docente
- Coordenador Geral da Capacitação
2. Local com capacidade para 30 pessoas, com data-show e computador. A identificação do local anteriormente citado bem como a unidade para a parte prática capacitação ficará a cargo da gestão municipal executora
O Projeto será executado com verba contemplado pela Portaria GM/MS nº 2.953 de 25 de novembro de 2009, Estratégia de Qualificação e fortalecimento da Atenção Básica nas áreas temáticas: acolhimento e humanização, diabetes e hipertensão, Deliberado pela CIB-RJ nº 0792 de 3 de dezembro de 2009. O recurso encontra depositado na do Banco do Brasil, Agência 0074-4 conta corrente 36.360-X.
- CUSTO DO PROJETO
Total de aluno previsto: 120 profissionais
Curso de duração de 6 meses (3 meses cada turma)
CUSTEIO |
||||||||
Profissional |
Memória de cálculo |
Nº de profissionais |
Valor único |
Valor Mensal [R$] |
Valor INSS 21% [R$] |
Valor Bruto/mês [R$] |
Valor total por 6 meses |
|
Corpo Docente |
||||||||
Coordenador geral* (1 coord. x 6 meses) |
1 |
1.500,00 |
315,00 |
1.815,00 |
10.890,00 |
|||
Tutor (3 T..x 6 meses) |
1 tutor para 1turma (cerca de 20 alunos) |
3 |
2.100,00 |
441,00 |
2.541,00 |
45,738,00 |
||
Facilitador (2 F. x 6 meses) |
1 facilitador para 3 turmas |
2 |
1.500,00 |
315,00 |
1.815,00 |
21790,00 |
||
Subtotal |
78.408,00 |
|||||||
|
||||||||
Material de Informática e de Reprodução Gráfica |
||||||||
Reprodução do Caderno de Atenção Básica nº 32 Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco |
01 para cada participante (alunos, tutores e coord.) |
166 cópias |
70,00 |
11.620,00 |
||||
Reprodução Manual teste Rápido |
166 cópias |
15,00 |
2.490,00 |
|||||
Produção gráfica |
50 folhas de estudo por turma |
300 |
0,30 |
90,00 |
||||
Subtotal |
14.200,00 |
|||||||
|
||||||||
Custo total do projeto |
||||||||
92.608,00 |
||||||||
CRONOGRAMA
Ano: 2017/2018 |
||||||||||
Ações: |
Ma i |
J un |
J u l |
Ag o |
S e t |
Ou t |
No v |
De z |
J a n |
F e v |
Tramitação do processo |
X |
X |
X |
X |
||||||
Aprovação do Projeto na CIR e na CIB |
X |
X |
||||||||
Oficina de planejamento e Atualização dos tutores e facilitadores |
X |
|||||||||
Início das 3 primeiras turmas |
X |
|||||||||
Monitoramento e supervisão de desenvolvimento dos alunos com geração de relatórios |
X |
X |
X |
|||||||
Avaliação qualitativa e quantitativa do processo ensino-aprendizagem das primeiras turmas |
X |
|||||||||
Início das demais 3 turmas |
X |
|||||||||
Monitoramento e supervisão de desenvolvimento dos alunos com geração de relatórios. |
X |
X |
X |
|||||||
Avaliação qualitativa e quantitativa do processo ensino-aprendizagem das demais 6 turmas |
X |
|||||||||
Avaliação geral da capacitação |
X |
RESPONSÁVEL PELO PROJETO DE CAPACITAÇÃO
Coordenador CIES da Região Noroeste
Coordenadora do Grupo Condutor da Rede Cegonha da Região Noroeste
Referências Bibliográficas
- Brasil Ministério da Saúde, MANUAL PRÁTICO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA REDE CEGONHA; disponível em http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/444-09312-SES-MT].pdf; acessado em 10/08/12.
- Portaria MS/GM Nº 1459 DE 24 DE JUNHO DE 2012, institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha.
- Brasil, Ministério da Saúde; Orientações para Elaboração de Proposta da Rede Cegonha versão: 12 de abril de 2012; disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cegonha_freq.pdf; acessado em10/08/12.
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção à Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
- Portaria GM/MS nº 2.953 de 25 de novembro de 2009, Estratégia de Qualificação e fortalecimento da Atenção Básica nas áreas temáticas: acolhimento e humanização, diabetes e hipertensão