CIB-RJ

Pactuar a reformulação do Plano de Contingência de Dengue/Chikungunya, devendo o mesmo contemplar, a partir de 2016, as ações de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Transmitidas pelo Aedes Aegypti e as consequências delas decorrentes.

PUBLICADA NO D.O. DE 14 DE SETEMBRO DE 2016

 

 

                                 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE 


                               COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE

                                                   ATO PRESIDENTE

 

                  DELIBERAÇÃO CIB-RJ Nº 3.801 DE 14 DE JULHO DE 2016.

PACTUA AS AÇÕES DE PREVENÇÃO E CONTROLE DAS ARBOVIROSES TRANSMITIDAS PELO Aedes Aegypti NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

 

O Presidente da Comissão Intergestores Bipartite, no uso de suas atribuições legais e,

CONSIDERANDO:

- A Portaria n.º 1378, de 29 de julho de 2014 que aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências;

- As Deliberações CIB-RJ n.º 2.201 de 09 de maio de 2013 e n.º 2.976 de 11 de junho de 2014, que aprovam ações de prevenção e controle da dengue no âmbito do Estado do Rio de Janeiro;

- A Deliberação CIB-RJ n.º 3.214, de 10 de novembro de 2014, que pactua as ações para o monitoramento da febre chikungunya no estado do Rio de Janeiro;

- O impacto das epidemias provocadas pelas arboviroses transmitidas pelo Aedes Aegypti, como dengue, chikungunya em zika, nos indicadores de morbimortalidade no estado do Rio de Janeiro;

- A Portaria n.º 1.813, de 11 de novembro de 2015, que declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) por alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil;

- A Portaria Interministerial n.º 405, de 15 de março de 2016, que institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a Estratégia de Ação Rápida para o Fortalecimento da Atenção à Saúde e da Proteção Social de Crianças com Microcefalia;

- A Resolução SES n.º 1.296 de 18 de novembro de 2015, que estabelece a notificação compulsória imediata de gestantes com síndrome exantemática no âmbito do Estado do Rio de Janeiro;

- A necessidade do planejamento de ações integradas no combate e controle do Aedes Aegypti e na organização da rede assistencial para prestação de serviço de forma ordenada;

- A CI/VS/SVEA/140/2016;

- A 7ª Reunião Ordinária da CIB realizada em 14 de Julho de 2016.

DELIBERA:

Art. 1º – Pactuar a reformulação do Plano de Contingência de Dengue/Chikungunya, devendo o mesmo contemplar, a partir de 2016, as ações de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Transmitidas pelo Aedes Aegypti e as consequências delas decorrentes.

Art. 2º - Entregar o Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Transmitidas pelo Aedes Aegypti e as consequências delas decorrentes, após apreciação  pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde, à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro até 31 de agosto próximo.

Art.3º - Contemplar no respectivo Plano de Contingência os quesitos relacionados no anexo – “Quesitos Mínimos para Elaboração dos Planos de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Transmitidas pelo Aedes Aegypti”.

Art. 4º - Os planos continuarão tendo vigência bianual, devendo ser realizada nova entrega em agosto de 2018 (vigência agosto/2018 a julho/2020).

Art. 5º - Esta Deliberação entrará em vigor a partir de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.

 

Rio de Janeiro, 14 de Julho de 2016.
 
LUIZ ANTÔNIO DE SOUZA TEIXEIRA JÚNIOR

 

Presidente



Quesitos Mínimos para Elaboração dos Planos de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Transmitidas pelo Aedes aegypti: Plano de 2016 / 2017 - MUNICÍPIO DE ______________________________________

 

Sub-dimensões

 

Critério de avaliação

Parâmetros

Contemplado S (SIM)             N (NÃO)           P (PARCIAL)

Comentários ou observações

  1 - Grupo coordenador

Identifica/Constitui formalmente (s) coordenador (es) do plano 

   
2 - Responsáveis pela execução das ações do plano

Identifica os responsáveis pelo desencadeamento das ações propostas de acordo com as áreas de atuação/componentes do Plano

   
Aprovação

3 - Aprovação do Plano pelo CMS

Resolução ou cópia de ata de reunião constando a apreciação do plano pelo CMS

   
Objetivos e metas

4 - Objetivos do plano descritos de forma clara e concisa

Refere a população-alvo e período de aplicação do plano nos objetivos

Descreve os objetivos específicos referentes a todos os componentes do plano

   
5 - Descrição das metas

Metas descritas de forma clara e mensuráveis, para cada componente.

   
Análise de risco

6 - Caracterização da situação epidemiológica

Apresenta a análise descritiva dos casos (pessoa, tempo, lugar)

Descrever os sorotipos circulantes

   
7 - Caracterização da situação entomológica e ambiental

Descreve a distribuição vetorial e os índices de infestação

Descreve os fatores ambientais de interface com os vetores  Aedes aegypti e Aedes albopictus (lixo, água)

   



Sub-dimensões

Critérios de avaliação

Parâmetros

Contemplado (SIM ou NÃO)

Comentários ou observações

Assistência hospitalar

8 - Hospitais de referência para dengue grave

Define o quantitativo e a localização dos hospitais de referência

   
9 - Hospitais de referência para Chikungunya/Zika

Define o quantitativo e a localização dos hospitais de referência

   
10 - Leitos existentes e necessários durante período epidêmico

Menciona número de leitos existente e número de leitos necessário para pacientes com Dengue (Utilizar como base de cálculo o seguinte parâmetro: Para cada 1000 pacientes/mês, geram 1000 hidratações orais, 200 hidratação venosa, 50 internações hospitalares, 8 leitos de clínica médica).

Número de leitos necessários para pacientes com Zika / Chikungunya

   
11 - Leitos de UTI (adulto e pediátrico) necessários

Menciona previsão de leitos de UTI.

Utilizar como base de cálculo o seguinte parâmetro:

Para cada 1000 pacientes/mês geram 5 internações de UTI (1 leito).

Previsão de leitos de UTI para pacientes portadores de Síndrome de Guillain-Barré

   
12 - Centrais de marcação de procedimentos, de leitos ou regulação

Define o fluxo para internação

   
13 - Equipe multiprofissional para atendimento nos hospitais de referência

Define as categorias profissionais e os quantitativos, por setor dos serviços (recepção, emergência, internação, UTI, laboratório) necessários para assistência aos pacientes em períodos epidêmicos, ou os mecanismos a serem utilizados para suprir a necessidade.

   
14 - Realização de exames específicos

Refere fluxo de amostras para o laboratório regional? Ou ainda segue o fluxo para o Lacen?

Prevê a garantia dos meios de transporte das amostras ao laboratório de referência

   
15 - Realização de exames inespecíficos

Define os exames disponíveis e o quantitativo para cada agravo.

   
16 - Exames inespecíficos

Normatiza a entrega dos resultados dos exames em tempo máximo, estabelecido pelo protocolo do MS.

   
17 - Laboratórios para exames inespecíficos (hematócrito, plaquetas, etc)

Identifica quais e a localização dos laboratórios e/ou a forma de realização (ex. contratação)

   
18 - Estabelecimento de fluxo de atendimento nas unidades de referência identificadas

Existência de critérios, normas e fluxo de atendimento do paciente com Dengue / Chikungunya / Zika, incluindo acolhimento e classificação de risco realizada por profissional de saúde

   
19 - Qualidade técnico-científica

Faz referência a adoção dos protocolos do MS para atendimento ao paciente

   
Sub-dimensões

Critérios de avaliação

Parâmetros

Contemplado (SIM ou NÃO)

Comentários ou observações

Assistência ambulatorial

20 - Serviços de atendimento de casos suspeitos

Identifica as unidades de saúde referência para atendimento do paciente com Dengue/Chikungunya/Zika, inclusive referência para atendimento 24 horas e finais de semana.

Identifica as Unidades de Saúde referência para reabilitação de crianças portadoras de microcefalia

Especifica a capacidade de atendimento de pacientes com Dengue/Chikungunya/Zika e/ou estratégias para ampliação do atendimento em caso de epidemia.

Define os recursos materiais e humanos necessários para o atendimento, de acordo com os protocolos estabelecidos.

   
21 - Transporte de urgência para os pacientes de maior gravidade.

Define os recursos necessários para garantir a transferência dos pacientes, de acordo com o protocolo vigente.

   
22 - Aquisição/disponibilização de medicamentos e insumos

Previsão de aquisição/disponibilização de medicamentos e insumos, como soro, impressos, sais de reidratação, antitérmicos, etc.

   
23 – Acompanhamentos das gestantes positivas para zika vírus, microcefalia e dos casos de síndrome neurológica pós doença exantemática

Estabelece estratégias para acompanhamento de 100% das gestantes positivas para Zika

Estabelece estratégias para acompanhamento de 100% das crianças nascidas com microcefalia por infecção congênita

   
Vigilância Epidemiológica e Laboratorial

24 - Investigação e acompanhamento da Zika

Estabelece estratégias para investigação de 100% das gestantes positivas para Zika

Estabelece estratégias para investigação de 100% das crianças nascidas com microcefalia por infecção congênita

Estabelece estratégias para investigação de 100% dos casos de síndrome neurológica pós doença exantermática

   
26 - Investigação de todas as formas graves e óbitos por Dengue/Chikungunya/Zika.

Estabelece estratégias para investigação de 100% dos casos graves e óbitos;

Estabelece estratégias para investigação dos óbitos em até 7 dias, conforme pactuado em CIB.

   
26 - Integração da vigilância Epidemiológica estadual e municipal

Refere e descreve a atuação conjunta das vigilâncias para a investigação de casos e óbitos e análise da situação

   
27 - Rotina da vig. epidemiológica durante epidemia

Prevê acompanhamento diário dos casos de Dengue/Chikungunya/Zika, inclusive de pacientes que apresentarem exantema.

Prevê a análise e divulgação periódica da situação epidemiológica

   
28 - Coleta de exames específicos

Define referência para realização dos exames específicos e descreve a capacidade operacional

Estabelece os critérios e fluxo para solicitação de exames para sorologia e isolamento viral

   
29 - Integração entre vigilância Epidemiológica e rede laboratorial

Estabelece fluxo de repasse de informação e retroalimentação

   
Controle Vetorial

30 -- Redução de pendências

Define a(s) estratégia(s) diferenciada(s) que serão adotadas para redução de pendências (imóveis fechados e recusas).

   
31 - Redução da transmissão

Define a estratégia que será adotada na utilização de ultra baixo volume – UBV, ou outra(s) estratégia(s) definidas pelo município para redução da transmissão.

Descreve a(s) estratégia(s) para eliminação de criadouros

Descreve estratégias específicas para controle do vetor nas proximidades dos locais de referência para atendimento aos pacientes.

Refere integração entre as ações de redução da transmissão e a situação epidemiológica apresentada pela Vigilância Epidemiológica.

   
32 - Adequação dos recursos materiais (físico, equipamentos, material e insumos)

Especifica a necessidade de veículos e equipamentos para realizar as ações de UBV conforme normas do MS, ou outra(s) estratégia(s) a serem utilizada(s)

Quantidade adequada de veículos, EPI e equipamento costal para as operações de campo

   
33 – Adequação de Recursos Humanos

Refere a disponibilidade de profissionais em quantidade e com capacitação para desenvolver as atividades (visita domiciliar, ações de bloqueio, visitas a pontos estratégicos)

   
34 - Fortalecimento da participação comunitária

Cita plano de mobilização e comunicação social para período epidêmico

   
35- Elaboração e distribuição de folhetos informativos

Assegura elaboração e distribuição de folhetos informativos sobre controle mecânico de criadouros  para a população  em geral

   
Acompanhamento e avaliação

36 - Comitê intersetorial de acompanhamento e monitoramento

Apresenta a definição de Comitê Intersetorial para monitoramento do plano.

Menciona a implantação da Sala de Situação, com definição de periodicidade das reuniões.

   
Atenção Básica

37 - Integração com Programa de controle da dengue

Descreve as atribuições e atividades a serem desenvolvidas pelo PACS /PSF por área de atuação (controle vetorial, vigilância epidemiológica, assistência ao paciente, comunicação e mobilização social)

   
38 - Capacidade operacional

Descreve os recursos materiais (equipamentos, medicamentos) na quantidade necessária para atender os pacientes com Dengue/Chikungunya/Zika conforme os protocolos

   
Capacitações

39 - Garantia dos meios para capacitação dos profissionais de saúde da rede pública e privada (foco nos sinais de alerta)

Prevê capacitações para rede pública e privada (foco nos sinais de alerta)

Demonstra garantia dos meios para promover as capacitações

Prevê capacitações nas unidades que apresentarem óbitos.